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Porque algumas pessoas são mais suscetíveis à hipnose do que outras?

Porque algumas pessoas são mais suscetíveis à hipnose do que outras?

Um dos aspectos mais interessantes sobre a Hipnose é justamente o fato de que há nela tantas controversias quanto há entendimento sobre o seu funcionamento. Muitas pessoas ainda associam a hipnose à uma imagem equivocada de controle e dominação, poder e pura diversão, enquanto que o fenômeno em sí está bem distante disso.

Os estudos indicam que dentre as várias teorias existentes, e que tratam de suportar a existência e validade da hipnose, há mecanismos neurobiológicos que dão espaço para formar a base fundamental da hipnose. Esses mecanismos cerebrais são fundamentados na ativação de áreas e padrões cerebrais com relação ao estado de hipnose e também com relação aos processos de sugestões hipnóticas (Rainville, Duncan, Price, Bushnell, 1999).

Existem evidências de que a produção do estado hipnótico pode ser medido através de PET Scan (Tomografia por Emissão de Positrons) através de inúmeros experimentos e estudos que demonstraram não somente a existência da hipnose enquanto fenômeno, como também a resposta das pessoascom relação à sugestibilidade. Uma diferenciação interessante, desde a ótica da hipnose como um estado, é sobre um estudo que explorou a alteração da percepção de dor de um grupo de participantes submetidos à hipnose com e sem sugestões. Desse estudo em particular, os resultados demonstraram que a indução de hipnose sem sugestões específicas para alteração da percepção de dor, não teve efeito significativo sobre a sensação de dor (Rainville et al., 1997).

Existem vários estudos que abordam esse assunto da sugestibilidade desde a perspectiva das escalas hipnóticas, sendo as mais comuns a de Harvard e a de Stanford. Um estudo muito interessante e que eu recorro sempre para meus artigos, trata sobre o grau de estabilidade das escalas de suscetibilidade ao longo de um período de 25 anos (Piccione, 1989). Esse estudo discute também sobre a situação da suscetibilidade por caractéristicas inatas, e o treinamento do aumento de suscetibilidade (Diamond, 1977; Perry, 1977). Outro estudo (Morgan, 1973) aborda a hereditariedade da suscetibilidade hipnótica.

Sobre as aptidões da pessoa para a experiência hipnótica, ou melhor dito “suscetibilidade à hipnose”, os estudos (Gorassini & Spanos, 1985) indicam que há um baixo grau de melhorias, aprendizado ou desenvolvimento de tal “habilidade” ou aptidão. Ou seja, como eu disse antes, a suscetibilidade é inata, ainda que haja espaço para um baixissímo grau de treino.

Os estudos sobre as modificações que produziram incrementos de susceptibilidade reais, raramente se concentraram diretamente em estratégias cognitivas, ou mesmo na mudança de atitudes e expectativas específicas com relação à hipnose. Em vez disso, fizeram as pessoas passarem, repetidas vezes, por experiências individualizadas de teste hipnótico – aquelas das escalas de suscetibilidade (Hilgard & Weitzenhoffer, 1963).

Alguns dos estudos abordam elementos práticos sobre a suscetibilidade, por exemplo, (Kihlstrom & Evans, 1979) mostram que as pessoas altamente suscetíveis, são mais propensas à lembrarem de uma sequência aleatória de memórias, ao contrário das pessoas com baixo grau de suscetibilidade. Porém, sob sugestão pós-hipnótica de amnésia, ambos apresentam a capacidade de lembrarem de uma seqüência temporal precisa.

De forma geral, independente de como quer que você caro leitor, conclua e acredite ser a resposta com relação a suscetibilidade mais acentuada ou não em algumas pessoas, a explicação está no fenômeno da hipnose em sí. É fato que a Hipnose como palavra, transcende suas próprias teorias. O significado por trás das ideias relativas à hipnose são meramente ilustrações e metáforas usadas de forma individual ou por determinados grupos a fim de facilitar qualquer sorte de explicação. Porém, no mais extrito rigor, a Hipnose como tal, é um conceito que carrega um conjunto de aspectos relacionados às habilidades do hipnotizador, os procedimentos e processos envolvidos, as técnicas, artemanhas e sabores inerentes ao contexto onde o fenômeno da hipnose acontece.

No bom Português, ou nasceu com a sorte de poder experimentar hipnose “num piscar dos olhos”, ou a pessoa vai ter que buscar um excelente hipnotizador para fazer a “magia” acontecer.

 

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January 31, 2018

Hipnose como uma habilidade

Hipnose como uma habilidade

As vezes a Hipnose é considerada um procedimento, outras vezes apenas uma ferramenta, e também um conjunto de técnicas. Entre tantas outras maneiras de enxergarem a Hipnose, há sempre uma muito sútil e que passa sob a percepção da maioria: a hipnose como uma habilidade.
 
Durante vários anos eu tenho observado como a literatura da hipnose tem mantido foco nos aspectos históricos e técnicos da hipnose. Além é claro do aprofundamento científico dado numa tentativa atual de explicar o fenômeno da hipnose. Entretanto, os atributos relativos à habilidade em produzir a hipnose, tendem a ficar legados à discussões isoladas. Sejam em cursos, na prática hipnoterapêutica, ou mesmo na aplicação dos princípios hipnóticos, seja na heretohipnose ou na auto-hipnose.
 
Um ponto central desse assunto é a possibilidade de podermos explorar a hipnose como uma habilidade. Uma habilidade requer características ou particularidades que denotam capacidade, destreza, e agilidade em sua execução. Nesse caso, apenas saber provocar algo como pseudo-hipnose, não caracteriza necessariamente uma habilidade para a hipnose. Também, saber seguir um roteiro para provocar um relaxamento progressivo, um estado hipnoidal, ou até mesmo um relaxamento profundo, não garante uma habilidade para a hipnose. Uma habilidade requer mesmo a demonstração de destreza na prática da hipnose em todos os seus aspectos.
 
“Eles são capazes porque eles pensam que são capazes.” – Vergil
Entendo a hipnose como um meio e não como um fim. Me ajuda no controle emocional, na gestão dos meus pensamentos, sentimentos e comportamentos. Não é apenas um estado sob o qual eu navego, senão é o meio para me permitir alcançar estados desejados.
Escute a versão em Podcast: http://www.hypnocast.com.br/ep38/

 

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January 2, 2018

Como controlar a dor através do pensamento?

Como controlar a dor através do pensamento?

Já publiquei alguns artigos sobre algumas técnicas específicas para o controle e alívio da dor usando a hipnose. Em alguns, citei o Dr. Ángel Escudero Juan, um médico cirurgião espanhol quem criou uma técnica para controlar dores extremas. O Dr. Escudero é adepto da escola humanística dentro da Medicina e propõe um modelo de analgesia através do pensamento.
 
Uma das maneiras de controlar a dor, ou promover uma anéstesia psicológica, segundo Dr. Escudero, é mantendo uma quantidade de saliva na boca. A ideia central por trás desta proposta é que a pessoa ao ter a boca seca, indicaria ao cérebro alguma forma de medo. Logo, mantendo a boca com um bocado de saliva, permitiria que o foco de atenção pudesse ser alterado através do pensamento.
 
Dr. Escudero chamou essa técnica de “noesiterapia” ou “cura pelo pensamento”. Noesiologia foi o termo criado em 1977 por este médico espanhol. É uma escola humanística que estuda os efeitos do pensamento sobre a vida. A etimologia e semântica por trás desse termo provém de “noesis” que significa “ação de pensar”, e “logos” que significa “estudo”.
 
Toda a teoria está fundamentada no poder criador do pensamento e como nós, seres humanos, podemos aproveitar esse poder. Uma das maneiras de garantir esse processo é basicamente através da programação mental. Segundo Dr. Escudero, ao programarmos nosso cérebro, uma resposta biológica global armónica é ativada. Essa resposta poderá ser tanto positiva como negativa, e isso vai depender do pensamento existente no momento.
 
Quando há uma resposta biológica negativa em nosso sistema, esta é acompanhada do aumento de adrenalina. Já a resposta biológica positiva é acompanhada de características capazes de produzir mudanças positivas no organismo.
 
Um dos fatores críticos desse processo é dar-se auto-sugestões sobre não sentir dor. Isso é possível através do que chamou de psicoanestesia, ou o que nós chamamos em hipnose de hipnoanestesia ou hipnoanalgesia. O processo é simples, porém requer prática e compromisso mental, ou seja, sem dúvida e sem medo.

Os pontos fundamentais dessa técnica são:

  • O cérebro é um computador biológico que rege todos os nossos processos em nível físico e psicológico.
  • O pensamento é o instrumento com o qual programamos o cérebro.
  • Cada um de nossos pensamentos produz em nosso corpo uma série de reações no nível fisiológico que dão origem à resposta biológica global harmônica.
  • A resposta biológica será positiva quando nascer de um pensamento positivo.
  • A resposta biológica será negativa quando derivada de um pensamento negativo.
  • A resposta biológica positiva é acompanhada de sinais fisiológicos associados à tranquilidade, relaxamento físico e emocional.
  • O resposta biológica negativa, pelo contrário, será acompanhada de sinais claros de predominância simpática (associada a altas taxas de adrenalina no sangue, o que significa estresse física e emocional).

Como usar a técnica?

O processo é muito simples, basta seguir os seguintes passos:
  1. Coloque uma quantidade suficiente de sáliva na boca para permitir que esteja completamente úmeda.
  2. Diga a sí mesmo(a) uma sugestão positiva sobre a dor que quer que desapareça; ou onde quer não sentir dor.
  3. Depois, basta usar uma sugestão para recuperar a sensação na área “anestesiada”.
No próprio website do Dr. Escudero e de seu canal no YouTube, você poderá encontrar mais conteúdo sobre essa técnica.

Referências:

– Curación por el pensamiento – nosieterapia; Dr. Ángel Escudero Juan. Valencia, Espanha. ISBN: 846058212-4.
– Website Dr. Ángel Escudero http://dr.escudero.com/
– Reflexões de um Hipnólogo: hipnose e mudanças positivas – http://fabioac.com/livro-reflexoes/

December 28, 2017

Hipnose para o Controle e Alívio da Dor

Hipnose para o Controle e Alívio da Dor

Você consegue imaginar uma pessoa passando por uma cirurgia sem nenhuma anestesia química e sem sentir nenhuma dor?

Gerenciamento da dor

A dor é uma experiência praticamente universal, ao longo dos séculos a dor foi tratada de diferentes maneiras. Até mesmo na Bíblia encontramos passagens que falam como a dor era gerenciada. Nós conhecemos pela história e pela literatura que muitas vezes eram utilizados diferentes tipos de drogas e alcool para aliviar a dor. E isso foi praticado até o descobrimento do éter por volta de 1846. Nessa mesma época, o médico francês Esdaile, do século 19, do qual já mencionamos em outros textos, fez uso do magnetismo na Índia fazendo cirurgias sem anestesias senão apenas por hipnose. Tanto operações menores, quanto maiores, inclusive amputações eram feitas sob o estado ou fenômeno da hipnose.

De forma mais recente, os estudos e avanços nesse campo, sejam farmacológicas ou cirurgias, fizeram surgir e ampliar a gama de opções para o gerenciamento da dor. O que de alguma maneira deixou para trás as tentativas do uso da hipnose como coadjuvante do processo da gestão da dor.

Nos dias atuais, talvez a aplicação da Hipnose para o controle da dor seja mesmo uma das principais aplicações onde a hipnose é efetivamente um instrumento que faz toda a diferença. Quando nós falamos sobre o uso da Hipnose em um contexto clínico, muitas vezes as pessoas associam a hipnose com um contexto psicoterapeutico.

A hipnose atuando no universo de gerenciamento da dor, de controlar e influenciar na percepção da dor, ajuda com que vários problemas a serem tratados. Principalmente os profissionais médicos, enfermeiros e em geral da área da saúde, quando em situações onde o paciente está sofrendo alguma dor. Muitas vezes, o controle da dor abre espaço para a execução de algum procedimento requerido, seja alguma cirurgia ou mesmo algum outro tipo de intervenção.

A dor é um experiência individual

A ideia é que a experiência de cada indivíduo é diferente, não somente à reação ao estresse, alguma doença ou o dano à tecidos, que são causadores de dor, senão também vários outros aspectos, vários outros elementos. Os quais não entrarei em detalhes neste artigo, porque prefiro aqui focar na aplicação da hipnose no contexto da dor.

Um ponto fundamental é considerar a importância do conhecimento e entendimento da causa da dor. Isso pode ser fator determinante da aplicação ou não de hipnose.

Pois bem, via de regra, a dor surge como uma sensação, quando há por exemplo, uma ameaça aos tecidos do nosso corpo. Mesmo que nós queiramos evitar a dor, muitas vezes, senti-la é essencial. Isso para até mantermos a nossa própria integridade física. Uma vez tomada a consciência do problema e da causa da dor, o nosso cérebro é estimulado à liberar substancias de ação inibidoras como as endofirnas e as encefálinas, que funcionam como um mecanismo de inibição à dor, e consequentemente para a sobrevivência do nosso organismo.

A dor é algo complexo. Ao mesmo tempo que vivemos a experiência da dor, ela traz consigo também uma componente que é a dor passada, a dor experimentada no presente, e também uma componente de expectativa da dor. O que seria uma antecipação de uma possível dor. Tudo isso joga uma fator muito importante, principalmente quando falamos dos mecanismos do controle da dor e de como fazer isso com a hipnose. Isso pode até ser algo psicológico, porém sobre isso falaremos em outros textos.

Quando nós falamos da aplicação da hipnose para controlar a dor, muitas vezes nós estamos falando de um contexto multidisciplinar. Isso quer dizer que a hipnose pode atuar como coadjuvante em qualquer procedimento onde é feito um tratamento ou intervenção com hipnose junto a uma pessoa que estiver sofrendo praticamente qualquer tipo de dor, inclusive dores crônicas.

A hipnose promove um alívio imediato, e faz justamente com que exista uma atuação da hipnose como um mecanismo do processo que leva à sensação da dor. Porém a hipnose não é uma ferramenta necessariamente recomendada para a eliminação da experiência de dor de forma constante, continua e completa, sem que exista uma recomendação médica, e muito menos sem que se conheça a causa. Normalmente a utilização da hipnose para essa atividade de gerenciamento da dor é basicamente com a ideia mesmo de aliviar a dor, dar à pessoa um melhor controle do limiar da dor ou seja, dar ao indivíduo a oportunidade de controlar sua própria reação aos estímulos que causam a dor.

Hipnoanalgesia e Hipnoanastesia

A hipnose não necessariamente vai servir como substituta da intervenção ou prescrição de medicamentos anestésicos ou analgésicos. A hipnose é apenas uma excelente candidata nesses casos, porque tem sido utilizada há bastante tempo em vários hospitais, por médicos, e profissionais da área da saúde ao redor do mundo. Vários estudos comprovam a eficácia das técnicas que são chamadas de hipnoanalgesia; que é também utilizada para o processo de promover o alivio da dor em diferentes níveis e intensidades.

A recomendação que vale ressaltar é que se utilize a hipnose quando a causa da dor for conhecida, evitando-se assim problemas maiores.

Talvez você perguntaria agora, então quais seriam as técnicas especificas para fazer isso acontecer?

Técnicas e Procedimentos

Basicamente existem vários procedimentos para utilizar a hipnose para aliviar a dor. Vou compartilhar contigo pelo menos 4 técnicas tradicionais no uso da hipnose para controlar a dor:

  1. A primeira é que o profissional pode fazer uso de sugestões diretas, que é basicamente a técnica mais tradicional e clássica de hipnose; o uso de indução e sugestão direta. O objetivo da sugestão é estimular que o indivíduo aceite a sugestão de que já não há mais a sensação com o mesmo nível e intensidade de dor, naquele local, naquela condição, para aquela sensação especifica, em comparação ao que o indivíduo descreveu sentir inicialmente. Talvez um dos procedimentos mais utilizados seja mesmo o da sugestão direta. E para que o controle da dor aconteça é necessário pelo menos que haja um transe leve, e a partir desse transe leve pode-se fazer a aplicação da sugestão especifica.
  2. A segunda é através da auto-hipnose; e neste contexto pode-se utilizar várias técnicas para colocar-se nesse estado e a partir daí fazer uso de sugestões; sejam elas diretas ou indiretas.
  3. A terceira técnica muito útil é fazer a mudança do significado da dor. Esse método pode ser conseguido através de sugestões também.
  4. A quarta técnica utilizada é a técnica dissociava da dor. Aqui cria-se um mecanismo de dissociação sobre a experiência que leva à sensação de dor. Por isso é importante conhecer a causa, porque pode-se provocar através da hipnose, a dissociação de partes do corpo ou até do corpo inteiro.

Também quero compartilhar contigo 4 indicações do uso da hipnose em anestesiologia:

  1. Superar a ansiedade da dor
  2. Ajudar a criar uma sensação agradável de anestesia e também para o pós-operatorio
  3. Aumentar a tolerancia à dor
  4. Induzir à analgesia ou anestesia utilizando a hipnose
    Nesse último caso, poderia acontecer a redução do uso da anestesia ou analgesia química pelo profissional, seja de forma parcial ou em alguns casos até total.

Aplicações práticas

Não é de se estranhar que uma das área de maior ganho na aplicação da hipnose é justamente a habilidade de influenciar a percepção da dor. Consequentemente a Hipnose pode contribuir não só no gerenciamento dos aspectos da dor, mas isso traz resultados positivos em procedimentos cirúrgicos, pré-operatórios, durante a operação e pós-operatórios. Principalmente no período de recuperação pós-operatório. Então a hipnose pode fazer uma contribuição substancial nessas disciplinas, ou seja, para cirurgias, anestesiologia e anestesia, onde o controle da dor tem sido sempre uma das causas e das áreas de maior atenção e esforço por vários médicos.

Segundo John Watkins, “o estresse por si mesmo já faz as pessoas ficarem mais hipnotizáveis”.

Foram vários os profissionais que fizeram uso da Hipnose como uma ferramenta útil no gerenciamento da dor. Um destes é o cirurgião Espanhol, Dr. Angel Escudero, o qual já realizou centenas de cirurgias sem anestesia quimica, apenas usando o a hipnose ou o que ele chama de poder da mente. Vou compartilhar contigo a técnica que o Dr. Escudero utiliza, basicamente o mais importante é assegurar o seguinte:

  • Primeiro, mantenha uma boa quantidade de saliva na sua boca o tempo todo desse processo;
  • Segundo, basta dizer a si mesmo algo como “Minha perna está anestesiada” ou a parte que você quer que esteja com baixa ou nenhuma sensibilidade para a dor.

É assim de simples! Pode parecer estranho, mas é essa mesmo a técnica proposta pelo Dr. Escudero. Aliás, nas referências abaixo, você poderá encontrar o link para um vídeo onde o próprio Dr. Escudero demonstra esta técnica.

De forma complementar, eu recomendo este outro artigo onde publiquei um vídeo falando um pouco mais sobre o uso da hipnose no controle da dor.

Referências:

  • Reflexões de um Hipnólogo: Hipnose e mudanças positivas. Fábio Augusto de Carvalho. 2016.
  • Dr. Angel Escudero produces anesthesia without drugs using simple mind control; https://www.youtube.com/watch?v=smXr9pb-Jjc
  • Morgan, Cynthia; You’re Already Hypnotized: A Guide to Waking Up. 2013.
  • Patterson, David R., Clinical Hypnosis for Pain control; 1st Edition.
  • Hilgard, E.R. e Hilgard, J.R., Hypnosis in the Relief of Pain. Brunner/Mazel, New York, 1994
  • Kroger, William S., Clinical and Experimental Hypnosis. 
  • HypnoCast – Episódio 30: https://www.hypnocast.com.br/ep30/

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December 26, 2017

A Hipnose Forense

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A Hipnose Forense

A Hipnose Forense sempre foi uma área que tive interesse por diversas razões. Talvez um dos motivos principais seja o fato de envolver um trabalho de pesquisa sobre registros de memórias que quando não esquecidos, tendem a serem evitados a custo de dor e sofrimento.

Quando iniciei meus estudos em Hipnose tive a oportunidade de escutar do instrutor de um dos cursos em que participei, sobre o Dr. Rui Fernando Cruz Sampaio e seu trabalho com a Hipnose Forense. Desde aquela oportunidade e por anos tratei de acompanhar o trabalho deste profisisonal, mesmo que a distância. No início de 2017 tive o privilêgio de poder finalmente ter uma longa conversa com o Dr. Rui Sampaio e efetivamente foi uma oportunidade única de receber uma tremenda aula sobre a Hipnose Forense.

Esta conversa foi gravada e editada como parte do meu projeto de divulgação e promoção da hipnose – o podcast chamado HypnoCast – o podcast da hipnose. Da minha conversa com o Dr. Rui Sampaio, o maior especialista em Hipnose Forense da America Latina, surgiu uma série especial sobre Hipnose Forense publicada em 3 episódios.

Resolvi comentar cada um dos episódios e trazer aqui neste texto uma visão adicional sobre este assunto que fascina muita gente.

Episódio 23 do HypnoCast: Hipnose Forense – Parte 1 de 3

O Dr. Rui Sampaio introduziu como foi sua história e experiência com a Hipnose Forense desde o ano de 1983. Ou seja, neste episódio o Dr. Rui explica como instalou oficialmente, a partir de 1999, um Laboratório de Hipnose Forense no Instituto de Criminalística da Polícia Científica e Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Este se tornava assim o primeiro da américa latina.

Durante esta conversa o Dr. Rui trouxe vários exemplos concretos e casos reais onde a Hipnose Forense foi utilizada. Também menciona sobre suas contribuições, os trabalhos publicados e disponíveis sobre o tema.

Episódio 24 do HypnoCast: Hipnose Forense – Parte 2 de 3

Neste segundo episódio da série sobre Hipnose Forense, Dr. Rui faz um apanhado sobre o protocolo e as técnicas utilizadas em Hipnose Forense. Esclarece detalhes importantes sobre a condução do processo e também explora nuances que facilitam o uso e aplicação da hipnose no contexto forense e clínico.

Episódio 25 do HypnoCast: Hipnose Forense – Parte 3 de 3

No último episódio da série sobre Hipnose Forense, Dr. RuiSão que acumula mais de 800 casos de Hipnose Forense e pelo menos 20 mil sessões em consultório, apresenta algumas das experiências mais interessantes quando da aplicação da hipnose em ambiente forense e também clínico. A conversa termina com algumas reflexões sobre os próximos passos para a Hipnose Forense e deixa algumas dicas e instruções importantes para aqueles que queiram explorar esta área.

Referências:

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September 28, 2017

3 Truques que Aprendi com a Hipnose

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3 Truques que Aprendi com a Hipnose

A hipnose sempre esteve de alguma ou outra forma envolvida com elementos de ilusionismo e mágica. Isso se deu ao longo dos anos muito provavelmente pelo caráter fantástico dos fenômenos apresentados através da hipnose. Também, sempre foi prática comum a utilização da hipnose por parte de mágicos e ilusionistas com a intenção de criar uma áurea de controle e transmitir uma imagem de poder por sobre o expectador.

Quando uma pessoa está hipnotizada, esta, mesmo parecendo por um instante estar em um profundo estado de sono, não é exatamente isso o que acontece. Sabemos hoje que o estado pelo qual o indíviduo passa ao experimentar o fenômeno da hipnose ou comumente chamado de transe hipnótico, é algo completamente diferente do sono. Muitas vezes os resultados daquilo que observamos como produto da hipnose são tão positivos que parecem mesmo algo mágico.

Uma das maneiras mais simples que se ocupam os hipnotizadores no início de suas induções, são os chamados testes de suscetibilidade hipnótica. Estes são basicamente uma sequência de palavras ou técnicas que tem como objetivo testar a responsividade da pessoa para certas sugestões ou induções. Consequentemente, o hipnotizador poderá estabelecer um caminho de aceitação, confiança e rapport com o aspirante à hipnotizado; estes testes são típicos e fazem parte do ritual da hipnose.

Ao longo dos anos de estudos e práticas da hipnose, eu pude acumular uma dezena de artemanhas e truques que tanto facilitam como potencializam os resultados com a hipnose. Neste texto busco compartilhar três destes:

1 – Ilusão vs. Alucinação

Pode der relativamente simples fazer alguém acreditar sob hipnose que alguma coisa, tal como um objeto por exemplo, seja outra coisa. Entretanto, fazer esta mesma pessoa acreditar que esta coisa ou objeto já não existe mais, exige maior esforço e habilidade. Ambas condições são úteis em algum contexto na hipnose, e estas poderão ser utilizadas de acordo com as intenções definidas pelo mesmo contexto. Fazer uso de ilusões é um truque para facilitar a modificação de percepções por sobre alguma coisa que esteja incomodando.

2 – Combinação de Técnicas

Quando combinamos mais de uma técnica de hipnose as chances de conseguir melhores e mais amplos resultados são maiores. Existem dezenas de técnicas de hipnose desenvolvida e aplicada pelo mundo afora. Observar e reunir as técnicas mais adequadas para o contexto fará toda a diferença quando a intenção é a produção do fenômeno da hipnose e consequentemente em provocar resultados positivos. Combinar técnicas de induções e sugestões é um truque para potencializar a efetividade da hipnose.

3 – A força da Sugestão

As sugestões são como instrumentos que quando utilizados poderão causar desde mudanças positivas e melhoras consideráveis frente a dificuldades da vida, como também algo completamente oposto, tal qual levar alguém a sentir-se inferior e não compreendido(a). Um truque quanto à força da sugestão é justamente fazer uso das dinâmicas e as leis da sugestão utilizadas na hipnose a fim de criar um roteiro inabalável de produção de resultados positivos.

Essas e outras coisas que acumuladas e bem utilizadas no contexto adequado, tendem a provocar resultados positivos.

Referências:

  • Carvalho, Fábio Augusto. 2016. Reflexões de um Hipnólogo: Hipnose e Mudanças Positivas. 1st ed.
  • Puentes, Fabio. 1996. Auto-Hipnose. Sao Paulo: CenaUn.

 
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May 23, 2017

Mapa Mental: 10 Estratégias de Aprendizagem Acelerada

Assegure a sua cópia enquanto o arquivo é disponibilizado de forma gratuita.

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